O Gong é uma banda formada pelo guitarrista e vocalista australiano Daevid Allan, também fundador do Soft Machine. Apesar de nunca ter atingido grande popularidade, a banda é bastante conhecida pelos apreciadores de space rock, rock progressivo, música psicodélica, jazz rock e Canterbury scene, genêros sob os quais a sonoridade da banda se encaixa.
A banda foi formada em 1967, quando um problema com o visto de Daevid Allan o impediu de voltar da França para a Inglaterra . Allan permaneceu por aquele país, onde conheceu a professora londrina Gilli Smyth, com quem se casaria posteriormente. Os dois formaram a primeira encarnação do Gong, que se desmanchou durante a revolução estudantil de 1968, quando Allen e Smyth foram obrigados a ir para Deya, Majorca, na França. Lá eles conheceram o saxofonista Didier Malherbe, que morava em uma caverna em Deya.
Durante esse período o cineasta Jerome La Perrousa os convidou para voltar à França para gravar trilhas sonoras para seus filmes. Eles também conseguiram um contrato com a gravadora independente [BYG]], gravando os discos Magick Brother Mystic Sister e Bananmoon, este último um trabalho solo de Allen.
Em 1971 a banda conseguiu estabilizar sua formação e lançou Camembert Electrique . O disco foi o primeiro a iniciar a mitologia do Gong, criada por Allan e Smyth, sobre os Pot Head Pixies do Planeta Gong e sua Radio Gnome Invisible . O disco foi lançado na Inglaterra pelo selo Caroline Records da Virgin Record em 1974, com um preço de 49p (que era o preço típico de um single). Isso resultou em grandes vendagens do disco, o suficiente para alcançar um algum posto respeitável nas listas de mais vendidos, o que não ocorreu por ser considerado muito barato.
O Gong tocou no primeiro Glastonbury Festival, ajudando-os a se tornar um dos primeiros a assinar com a Virgin Records.
Entre 1973 e 1974, agora com o apoio do guitarrista Steve Hillage, o Gong lançou sua trilogia da Radio Gnome Invisible, que consiste nos discos Flying Teapot, Angel's Egg e You, todos especialmente enfocados nos personagens criados por Allen e Smyth.
Em um show em Cheltenham em 1975, Allen se recusou a subir ao palco, alegando que um "campo de força" o estava impedindo. O mais provável é que ele não estava gostando dos rumos indicados pelo baterista Pierre Moerlen, cada vez mais ativo no processo de composição. Allen deixou a banda junto com Smyth, que agora queria se dedicar aos seus dois filhos.
O Gong prosseguiu sob o comando de Moerlen, que chamou Allan Holdsworth para o posto de guitarrista. Moerlen transformou a banda em um grupo de Jazz-Rock/Fusion. Essa nova encarnação do grupo estreiou com o disco Gazeuze!. Moerlen teve que utilizar o nome Gong devido às obrigações contratuais da banda. Essa seria uma das primeiras ramificações do Gong, sendo conhecida como Pierre Moerlen's Gong.
Outras bandas surgiram a partir do Gong, formadas por ex-membros ou seguindo a mitologia da banda, como os trabalhos solo de Daevid Allen e Steve Hillage, além de bandas como Gongzilla, Planet Gong, Here & Now e Mother Gong, esta última de Smyth. Essa árvore genealógica musical é conhecida como a Gong Global Family.
Em 1992, Allen e Malherbe reformaram o Gong e lançaram o disco Shapeshifter, a quarta parte da série Radio Gnome Invisible. Em 2000, uma quinta parte foi lançada: Zero To Infinity, com Smyth e o baixista da formação original Mike Howlett. Essa volta do Gong foi marcada por novas influências ao som da banda, vindas de música indiana e eletrônica. Uma das mais recentes ramificações do Gong é uma união de Allan com os músicos do grupo de música eletrônica e psicodélica Acid Mothers Temple, resultando no Acidmothersgong.
Line-up/Musicians
- Daevid Allan / guitar, vocals
- Francis Bacon / VCS3 synth, electric & upright pianos, bass
- Tim Blake / VCS3 synth, crystal machine, vocals
- Steve Hillage / guitars
- Rachid Houari / drumbox
- Didier Malherbe / soprano & tenor saxes, flute
- Gilli Smyth / orgone box, vocals, space whispers
- Christian Titsch / slide guitar
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